26 novembro 2008

Telas sensíveis ao toque podem se popularizar

Os computadores equipados com telas sensíveis a toques podem deixar de ser produtos de nicho e ganhar destaque, à medida que a queda nos preços das telas de cristal líquido, os avanços na tecnologia e aplicações em mercados de alto crescimento levam fabricantes a dedicar mais atenção ao segmento.

O interesse deles acompanha o imenso sucesso do iPhone, da Apple, que deflagrou uma longa série de celulares que o imitam, produzidos por companhias que variam da Nokia, a líder do mercado, à HTC, de Taiwan, e agora também a Research in Motion, cujo BlackBerry Storm chegou às lojas com imenso sucesso alguns dias atrás.

O nicho pode receber ainda mais estímulo da Microsoft, que anunciou que planeja abrir o uso de tecnologia de telas sensíveis a toques no Windows 7, que sucederá ao seu sistema operacional Vista.

"Esses computadores estão desafiando as convenções sobre as formas pelas quais interagimos com um PC", disse Bryan Ma, analista da IDC. "O fenômeno ainda não decolou de todo, e continuamos a ver apenas alguns dos precursores, mas será interessante acompanhar o que vai acontecer."

Os computadores dotados com tela sensível a movimentos da mão do usuário, que empregam uma forma especial de display de cristal líquido (LCD), poderiam decolar rapidamente caso os projetistas encontrem aplicações que aproveitem sua maior flexibilidade, se comparados aos teclados, disse Jennifer Colegrove, analista da DisplaySearch.

A possibilidade de escrever textos em idiomas que não usam letras, como o chinês, é um bom exemplo.

"Os teclados não são otimizados para digitar chinês e outros idiomas do leste asiático", diz ela.

"Públicos que precisam se comunicar em chinês e testaram a tecnologia foram extremamente receptivos com os computadores com telas sensíveis e sobre as quais é possível escrever. Isso poderia representar um imenso avanço para os fornecedores de computadores no mercado chinês de massa."

Os computadores com telas sensíveis a toques existem há mais de uma década, mas o custo alto e funcionalidade limitada os mantiveram em posição marginal, para aplicações especializadas como as vistas freqüentemente em restaurantes, supermercados e caixas de banco.

Mas recentes avanços de tecnologia e quedas nos custos dos painéis de LCD os tornam mais viáveis agora.

A maior fabricante de PCs do mundo, Hewlett-Packard, foi a primeira no ano passado a lançar um computador, HP TouchSmart, equipado com uma tela sensível a toques voltado para usuários de programas gráficos e outros softwares sofisticados de design. A máquina saiu ao preço de 1.499 dólares.

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