21 abril 2009

O futuro da TV

Do início das transmissões, em meados dos anos 20, à consagração dos grandes cubos como o meio de comunicação mais poderoso, a televisão foi capaz de fazer o mundo parar em frente à sua tela. Lançou modas, derrubou políticos e influenciou comportamentos.
Agora é a vez de ela correr atrás do espectador. Sites como o YouTube, o Justin.tv ou o Ustream.tv impulsionaram esse novo jeito de assistir televisão. As vantagens são sedutoras. Perdeu seu programa favorito? Tudo bem, você pode assistir à reprise no portal da emissora. Quer ver uma comédia ou o jornal no celular enquanto se desloca de metrô? É possível também, já que as principais operadoras do país oferecem sinal digital para aparelhos 3G, tecnologia que possibilita a transmissão de dados em alta velocidade. Quer conferir aquele filme clássico do Chaplin mas está com preguiça de ir até a locadora? Entre no Joost. A qualidade dos programas cansa? Produza seu próprio conteúdo com o aplicativo Qik, que transmite ao vivo as imagens captadas pela câmera do aparelho. Você já tem um iPhone? Então por que não instalar o software Orb e acompanhar a programação dos canais abertos?
"Todas essas mídias são complementares", diz Alexandre Cardoso, diretor de marketing do portal Terra, primeira empresa brasileira a montar estúdios exclusivamente para a produção de vídeos para a web. Hoje, o Terra TV recebe cerca de 6 milhões de visitas únicas por mês e tem um acervo de 90 mil vídeos e 200 canais, incluindo episódios das temporadas atuais de seriados badalados, como Desperate Housewives e Grey's Anatomy.
A audiência atinge picos em eventos especiais. Na Olimpíada de Pequim, por exemplo, 15 milhões de pessoas acessaram os 13 canais que transmitiam as competições simultaneamente. No mês passado, o canal AXN estreou no Brasil a quinta temporada de Lost. No site do Terra, o episódio é colocado no ar imediatamente após a exibição na televisão e fica disponível na página durante uma semana.
O mesmo ocorre com a TV UOL, que tem parcerias com MTV, Band News, Discovery e Cultura. O endereço conta com 95 mil vídeos no acervo. O portal Globo.com é outro exemplo. Com um cardápio de 190 mil vídeos, entre novelas, programas e o acervo de raridades da emissora, a cada mês são incluídas 17 mil novas produções. Um dos maiores atrativos para os seus 24 milhões de visitantes únicos mensais é o conteúdo da nona edição do reality show Big Brother Brasil. Segundo Julio Preuss, gerente de inteligência da empresa, esse tipo de evento aumenta os acessos de sites que trazem notícias e vídeos sem prejudicar a audiência da TV.

Um comentário:

Anônimo disse...

A TV Digital brasileira ainda não chegou em meu município. Estou aguardando ansioso para ter a chance de assistir TV digital.