17 abril 2009

Yahoo e Microsoft estão próximas de acordo sobre buscas

SAN FRANCISCO - Faz mais de um ano que a oferta não solicitada da Microsoft pela aquisição do Yahoo terminou de maneira acrimoniosa.

Agora, as duas empresas voltaram a conversar, com uma agenda menos contenciosa. Planejam formar uma parceria para buscas na Internet, e não promover uma fusão.

Os analistas dizem que utilizar os ativos de busca do Yahoo representa a melhor esperança da Microsoft para reverter a situação de seus deficitários negócios online e para desafiar a posição dominante e cada vez mais forte do Google no mercado de buscas dos Estados Unidos.

Mas entregar seus serviços de buscas à Microsoft seria uma decisão de risco para o Yahoo, que cederia uma porção que se acredita lucrativa e cada vez mais importante de seus negócios online. Os dados de busca são usados com cada vez mais frequência para exibir publicidade direcionada aos internautas.

"Ninguém deixa de lado suas operações de buscas a não ser que exista um número absurdamente alto na mesa", disse Ross Sandler, analista da RBC Capital Markets.

A presidente-executiva do Yahoo, Carol Bartz, e o presidente-executivo da Microsoft, Steve Ballmer, recentemente discutiram diversas parcerias, por exemplo o controle da Microsoft sobre os negócios de publicidade vinculada a buscas do Yahoo, enquanto o Yahoo controlaria a publicidade em formato convencional nos sites da Microsoft, de acordo com uma fonte familiarizada com a situação.

Qualquer transação teria de ser mais atraente do que a proposta intermediada sem sucesso pelo investidor Carl Icahn, em julho, depois da oferta fracassada de 47,5 bilhões de dólares que a Microsoft apresentou pela aquisição do Yahoo, diz Sandler.

O plano de Icahn envolvia apenas o serviços de buscas, e a Microsoft estava disposta a pagar um bilhão de dólares de imediato pelos ativos do Yahoo, e mais 2,3 bilhões de dólares anuais em receita garantida por um prazo de cinco anos.

Microsoft e Yahoo perderam cada qual ao menos um por cento do mercado de buscas dos EUA desde que começaram a discutir uma fusão, em fevereiro de 2008. O Google ampliou sua vantagem de 59,2 por cento em fevereiro de 2008 para 63,7 por cento em março de 2009, de acordo com a comScore.

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